Entenda o que é a Superterça e qual sua importância para as eleições dos EUA
Milhões de norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira, 5, em 15 estados e um território, em um dia conhecido como “Superterça”, data crucial do calendário das primárias presidenciais nos Estados Unidos, que não terá surpresas este ano. As votações vão acontecer desde o estado de Maine, no extremo nordeste dos EUA, até a Califórnia, na costa oeste, passando pelo Texas, no sul, e até a Samoa Americana, um pequeno território no Pacífico. Alabama, Arkansas, Colorado, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Utah, Vermont e Virgínia também vão votar.
Tradicionalmente, este dia impulsiona os candidatos à nomeação ou frustra as aspirações de alguns deles, concentrando toda a atenção e somando esforços, tanto humanos quanto de arrecadação de fundos. Os resultados desta terça devem confirmar um cenário que há tempos já se desenha uma revanche entre Donald Trump, ex-presidente dos EUA, e Joe Biden, atual líder norte-americano. As eleições presidenciais do país estão marcadas para o dia 5 de novembro. Nesta “Superterça” estão em jogo mais de um terço dos delegados do partido, e esta pode ser a última oportunidade para a única adversária de Trump, Nikki Haley, que soma 43 delegados.
O que é a Superterça?
“A Superterça é uma terça-feira onde vários estados se reúnem para fazerem as suas primárias. E como envolve um grande número de locais, ela acaba ganhando uma relevância muito grande, porque ela vai definir o rumo das primárias”, explica o cientista político Horácio Lessa Ramalho. “Candidatos que chegam competitivos nas primárias e sobrevivem à Superterça acabam seguindo durante as outras primárias por mais um tempo”, acrescenta o especialista. Até o momento, pelo Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump venceu em todos os locais de disputa, com exceção de Columbia, em que sua adversária, Nikki Haley, levou a melhor.
O economista e doutor em relações internacionais, Igor Lucena, fala que essa data é importante para os Estados Unido porque ela define os candidatos que vão disputar à presidência em novembro de 2024. “Geralmente quem ganha a Superterça é aquele que, geralmente, se torna o grande eleito”, destaca, mas também ressalta que a situação dos Estados Unidos está tão sedimentada que talvez o único entrave que existisse era em relação à decisão da Suprema Corte do Colorado, sobre o nome de Trump aparecer ou não nas cédulas de votação. Algo que foi decidido nesta segunda que ele pode participar das eleições presidencial e removeu qualquer obstáculo que pudesse impossibilitar o republicano de concorrer à Casa Branca.
“Não há dúvida de que a grande reviravolta é um aumento nas suas intenções de votos nos Estados Unidos como um todo”, destaca o especialista. Trump aparece à frente de Biden para vencer às eleições deste ano. A decisão da Suprema Corte do Colorado, deu mais força para Trump e reforça seu discurso de quem é perseguido. “GRANDE VITÓRIA PARA OS ESTADOS UNIDOS!!!”, escreveu o ex-presidente, favorito para a nomeação republicana nas eleições presidenciais de novembro, em sua rede social, Truth Social, em mensagem carregada de letras maiúsculas e exclamações.
Fatores importantes nesta ‘Superterça’
Se a nomeação de Trump para disputar as eleições já é quase certa, a de Biden já pode ser confirmada. Isso porque ele não possui um adversário que o ameace, algo que é comum para um presidente em final de mandato. O que pode ser considerado incomum é que Trump, como ex-presidente que tenta retornar à Casa Branca, tenha esmagado a concorrência. Só restou Nikki Haley para disputar com ele.
Na terça-feira, estão em jogo 874 delegados de um total de 2.429 que escolherão o candidato do Partido Republicano na convenção de julho. O suficiente para oferecer ao magnata uma vantagem quase intransponível desde o início de março. A equipe de Trump prevê que ele conquistará 773 delegados na “Super Terça” e será matematicamente imbatível duas semanas depois. Única no caminho de Trump, a ex-governadora da Carolina do Sul garante que os 40% dos votos que obteve em New Hampshire e em seu estado natal mostram que o Partido Republicano está dividido.
Segunda ela, ainda existem mais chances de que ela vença o ex-presidente Biden em novembro, uma vez que ninguém quer um novo embate entre o atual mandatário e Trump, disse. Esta ex-embaixadora dos EUA na ONU durante a administração do magnata republicano prometeu que continuaria com sua candidatura pelo menos até a “Superterça”.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan Read More