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O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quarta-feira (20) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está disposto a aceitar um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, ao qual até agora se opunha de forma categórica, se este preservar os interesses do setor agrícola de seu país. Em uma mensagem publicada em sua conta na rede social X após uma conversa com Lula, Macron destacou que disse ao governante brasileiro que está “preparado para um acordo UE-Mercosul ambicioso, a partir do momento em que preserve os interesses da nossa agricultura francesa e europeia e esteja a serviço de nossas respectivas economias”.
Pouco antes, o governo brasileiro havia apresentado sua versão sobre essa conversa entre os dois presidentes e havia destacado em nota que ambos se comprometeram a “ultimar o diálogo” para a assinatura do pacto. O Palácio do Planalto ressalta em sua nota que sua intenção é que o tratado possa ser assinado “ainda neste semestre, durante a presidência brasileira” do Mercosul, que termina em dezembro com a cúpula do bloco sul-americano.
O fato é que, depois que a Comissão Europeia, em nome da UE, e o Mercosul formalizaram em 6 de dezembro a conclusão do acordo após duas décadas de negociação, a França está liderando um grupo de países europeus que buscam impedir sua aplicação com a constituição de uma minoria de bloqueio. As autoridades francesas, que têm o apoio de praticamente todo o espectro político no interior do país, justificam essas manobras sobretudo porque consideram que o pacto seria prejudicial para seus agricultores, que teriam que enfrentar a concorrência de setores como a carne bovina ou de frango e o açúcar de cana.
Os críticos ao acordo argumentam que, na prática, permitirá que o mercado europeu seja inundado com produtos que não cumprem as mesmas regras sanitárias e ambientais que as exigidas aos agricultores europeus, e por isso Paris exige que sejam adicionadas as chamadas “cláusulas espelho”. Em sua conversa por telefone nesta quarta-feira, Macron aproveitou também para reiterar a Lula “a necessidade de defender o multilateralismo e seu papel central para alcançar uma paz justa e duradoura na Ucrânia, com garantias de segurança sólidas para a Ucrânia e para a segurança da Europa”.
Este é outro ponto de atrito entre a França, que é um dos principais apoios a Kiev, e o Brasil, a quem Paris reprova por não condenar firmemente a posição russa e não participar das sanções contra Moscou. Segundo o Palácio do Eliseu, com a perspectiva voltada para a COP30 que será realizada no final do ano na cidade de Belém, os presidentes da França e do Brasil abordaram igualmente “os grandes desafios globais, em particular sobre as questões ambientais e a luta contra a pobreza”.
Além disso, falaram de assuntos econômicos, sobretudo das tarifas que há meses ocupam as manchetes desde que o presidente americano, Donald Trump, desencadeou a guerra comercial em abril, bem como de sua cooperação bilateral no campo da defesa e dos transportes. Macron e Lula concordaram ainda, de acordo com a presidência francesa, em “continuar a aprofundar” sua relação bilateral, em linha com a visita que o primeiro fez ao Brasil e a do governante brasileiro à França em junho.
*Com informações da EFE
Fonte: Noticias ao Minuto Read More