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A Colômbia viveu nesta quinta-feira (21) um dos dias mais violentos da última década. Dois ataques em diferentes regiões do país deixaram 13 mortos e dezenas de feridos, em uma escalada de ações de grupos armados que desafia o governo. Por volta das 15h locais (17h de Brasília), um caminhão-bomba explodiu em Cali, a terceira maior cidade colombiana, ao lado de uma base aérea. A detonação matou cinco pessoas e feriu 36, segundo balanço oficial. O ataque ainda não foi reivindicado.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram veículos incendiados, casas destruídas e moradores fugindo em meio ao pânico. O prefeito Alejandro Eder informou que o alvo era uma escola militar de aviação. “Foi um estrondo fortíssimo. Há muitas casas danificadas e vários feridos. Tivemos de evacuar os alunos da escola”, contou Héctor Fabio Bolaños, diretor de uma instituição vizinha.
A explosão deixou parte do norte de Cali em caos. A cidade, com 2,2 milhões de habitantes, sofre forte pressão de guerrilhas e narcotraficantes que disputam o controle do tráfico de cocaína para os EUA e a Europa. Mais cedo, no departamento de Antioquia (noroeste), a maior dissidência das extintas Farc lançou um ataque contra a polícia durante uma operação de erradicação de narcocultivos. Armados com fuzis e drones explosivos, os rebeldes derrubaram um helicóptero e enfrentaram as forças de segurança, deixando oito mortos. Ainda não se sabe se todas as vítimas eram policiais.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o momento em que a aeronave foi atingida e caiu, seguida de uma coluna de fumaça negra. O uso de drones carregados com explosivos tem se tornado cada vez mais frequente nos confrontos. Segundo relatório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o número de vítimas de artefatos explosivos, especialmente por drones, dobrou nos primeiros meses de 2025.
A onda de violência ocorre a um ano das eleições presidenciais. Em agosto, o candidato da direita Miguel Uribe, líder nas pesquisas, foi morto a tiros em um atentado, ampliando o clima de instabilidade. O presidente Gustavo Petro, primeiro de esquerda da história do país, pediu que a comunidade internacional declare como “organizações terroristas” duas facções dissidentes das Farc e o Clã do Golfo, principal cartel de cocaína da Colômbia.
Desde 2022, Petro tenta negociar com diferentes grupos armados, mas a maioria das conversas está estagnada. Avançam apenas os diálogos com o Clã do Golfo, no Catar, e com pequenas facções do ELN e das próprias Farc. A Colômbia segue como o maior produtor de cocaína do mundo, com 253 mil hectares de plantações de folha de coca em 2023. O governo aposta em programas de erradicação voluntária, oferecendo incentivos econômicos aos camponeses.
*Com informações da AFP
Fonte: Noticias ao Minuto Read More