
Em evento do PT, Alckmin diz que tarifaço é injustificável e minmiza impacto sobre o agro: ‘Não vai cair o mundo’
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (23) que as tarifas impostas pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros têm motivação política e não econômica. Segundo ele, os áudios divulgados pela Polícia Federal nesta semana — com diálogos entre Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e aliados — mostram que o chamado “tarifaço” do governo Donald Trump teria como “único objetivo livrar a cara dos golpistas”. As declarações foram feitas durante participação por videoconferência no encontro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília.
Haddad disse que o Brasil busca manter boas relações comerciais com os EUA, mas sem abrir mão da soberania. “Jamais passou pela cabeça abrir mão da parceria com os Estados Unidos, mas não nas condições que estão sendo colocadas. O Brasil não pode servir de quintal de ninguém. Temos tamanho, densidade e importância para garantir nossa soberania”, afirmou o ministro.
Segundo as investigações da PF, Bolsonaro e Eduardo teriam atuado, com apoio de aliados nos EUA, para usar as tarifas como forma de pressionar por uma anistia que beneficiasse o ex-presidente e os acusados pelos atos do 8 de Janeiro. Em mensagens reveladas, Eduardo chegou a sugerir ao pai que uma “anistia light”, restrita a executores, não seria suficiente, defendendo algo mais amplo. O ministro elogiou o trabalho do vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nas negociações com autoridades norte-americanas. “É assim que tem que ser: sem bravata, mas fazendo valer a dignidade e o respeito ao povo brasileiro”, disse.
Críticas à defasagem do Imposto de Renda
Durante o evento, Haddad também comentou sobre a proposta do governo Lula de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda. Ele criticou a falta de atualização da tabela entre 2015 e 2022, período que incluiu os governos Temer e Bolsonaro. Segundo o ministro, isso fez com que cerca de 20 milhões de brasileiros de baixa renda passassem a pagar o tributo.
A nova proposta, disse o chefe da Fazenda, vai beneficiar 25 milhões de contribuintes. “É uma medida neutra do ponto de vista fiscal, porque passa a cobrar de 141 mil brasileiros com renda acima de R$ 1 milhão por ano. Estamos cobrando do topo da pirâmide para aliviar a base”, afirmou.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More