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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assegurou nesta quinta-feira (28) que a União Europeia (UE) manterá a “pressão máxima” sobre a Rússia com mais sanções após o ataque russo com mísseis que afetou a delegação comunitária em Kiev. “O ataque de ontem à noite ocorreu muito perto da missão diplomática, a representação da nossa União. Dois mísseis impactaram a 50 metros da delegação em um intervalo de 20 segundos. Este é outro lembrete sombrio do que está em jogo”, disse Von der Leyen em uma breve declaração à imprensa, sem responder a perguntas.
A política alemã afirmou estar “indignada” com o ataque russo em Kiev que afetou os escritórios da UE, “o ataque com mísseis e drones mais mortal contra a capital desde julho”. “Foi um ataque também contra a nossa delegação”, destacou Von der Leyen, enquanto mostrava fotografias de um escritório e de um prédio em ruínas e garantia que nenhum dos funcionários da UE havia sido ferido, após ter conversado com o embaixador adjunto. “Estamos exercendo a pressão máxima sobre a Rússia. Isso significa endurecer nosso regime de sanções. Em breve apresentaremos nosso 19º pacote de sanções duras”, ressaltou. Para Von der Leyen, este ataque demonstra que o Kremlin “não vai parar por nada para aterrorizar a Ucrânia, matando cegamente civis, homens, mulheres e crianças, e até mesmo atacando a União Europeia”.
Além de preparar novas sanções, salientou que estão “avançando” nos trabalhos para usar os ativos russos congelados a fim de “contribuir para a defesa e a reconstrução da Ucrânia”. “E, é claro, estamos garantindo um apoio firme e inabalável à Ucrânia, nosso vizinho, parceiro, amigo e futuro membro”, acrescentou. Von der Leyen afirmou que amanhã viajará para os sete Estados-membros “que estão reforçando e protegendo nossas fronteiras externas com a Rússia e Belarus”.
“Quero expressar a eles toda a solidariedade da UE e compartilhar os progressos que estamos fazendo na construção de uma indústria de defesa europeia sólida, especialmente por meio de nosso instrumento de defesa conjunta SAFE”, apontou. A partir de amanhã e até segunda-feira, Von der Leyen visitará Letônia, Finlândia, Estônia, Polônia, Lituânia, Bulgária e Romênia, segundo informou a Comissão Europeia em um comunicado.
Por sua vez, a alta representante da UE para Assuntos Exteriores e Segurança, Kaja Kallas, escreveu nas redes sociais que “nenhuma missão diplomática deveria ser um alvo” e anunciou que, em razão do ataque, convocou o enviado russo em Bruxelas. Anteriormente, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, havia se declarado “horrorizado” nesta quinta-feira com o ataque no qual considerou que o escritório da UE em Kiev foi “deliberadamente” danificado.
“A UE não se intimidará. A agressão russa apenas reforça nossa resolução de ficar ao lado da Ucrânia e de seu povo”, completou o político português. A porta-voz comunitária Anitta Hipper confirmou posteriormente durante a coletiva de imprensa diária da Comissão Europeia que a delegação diplomática permanece aberta e “plenamente operacional”. O número de civis mortos pelo ataque russo da última noite contra Kiev subiu para 14, incluindo três menores, segundo informaram as autoridades ucranianas nesta quinta-feira.
*Com informações da EFE
Fonte: Noticias ao Minuto Read More