Grupo de 80 organizações médicas assinam carta contra liberação dos cigarros eletrônicos no Brasil

Grupo de 80 organizações médicas assinam carta contra liberação dos cigarros eletrônicos no Brasil

Um grupo de 80 organizações médicas, entre elas a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), manifestou sua oposição ao Projeto de Lei 5.008/2023, que propõe a liberação da venda de cigarros eletrônicos no Brasil. “A falta de fiscalização no país, vem permitindo que qualquer pessoa tenha fácil acesso aos dispositivos eletrônicos”, diz a carta. “Para fortalecer a luta contra o tabagismo, é essencial que o Brasil foque em estratégias de fiscalização, educação e conscientização, especialmente voltadas aos jovens e adolescentes”, acrescentam. As entidades alertam que essa proposta representa um sério risco à saúde pública, especialmente entre crianças e adolescentes, ao associar o uso de nicotina em dispositivos eletrônicos ao aumento do consumo de cigarros tradicionais.

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As sociedades médicas ressaltam que os perigos já conhecidos do cigarro convencional, como câncer, doenças cardiovasculares e problemas respiratórios, também se aplicam aos produtos eletrônicos. Além disso, mencionam a emergência da Evali, uma condição grave relacionada ao uso de cigarros eletrônicos, que pode resultar em internações em unidades de terapia intensiva ou até mesmo em óbitos. Desde 2009, a Anvisa proíbe a comercialização de dispositivos como vapes e pods no Brasil. Após uma nova avaliação, a agência decidiu manter essa proibição, uma decisão que foi bem recebida pelas entidades médicas. Elas argumentam que a liberação desses produtos poderia comprometer os avanços já alcançados no combate ao tabagismo no país.

Por outro lado, há críticos da proibição que defendem a necessidade de regulamentação para a venda desses dispositivos, apontando a ineficácia da proibição diante do contrabando. A senadora Soraya Thronicke apresentou um projeto de lei com o intuito de regulamentar o comércio de vapes, destacando a preocupação com a falta de informações sobre os componentes desses produtos. Embora as entidades médicas reconheçam a carência de fiscalização, elas consideram que a regulação atual é adequada. Elas defendem que o Brasil deve priorizar estratégias de fiscalização, educação e conscientização, especialmente voltadas para o público jovem. Além disso, abordam a questão da arrecadação de impostos, argumentando que os custos relacionados a problemas de saúde decorrentes do tabagismo superam a receita gerada por impostos sobre produtos de tabaco.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Sarah Américo

Fonte: Jovem Pan Read More