Dólar tem leve queda em dia de ajustes e liquidez baixa com feriado nos EUA
Após uma manhã de certa volatilidade, o dólar à vista perdeu força no início da tarde e encerrou a sessão desta segunda-feira (2), em baixa moderada no mercado doméstico, mas ainda acima de R$ 5,60. Analistas afirmam que, apesar da intervenção do Banco Central, que hoje vendeu mais um lote extra de swaps cambiais, o dólar se mantém em nível elevado em razão da percepção de risco doméstico. O detalhamento hoje do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), divulgado na sexta-feira, não dissipou dúvidas sobre o cumprimento das metas fiscais.
Com máxima a R$ 5,6595, pela manhã, e mínima a R$ 5,6049 à tarde, o dólar à vista terminou o dia em baixa de 0,36%, cotado a R$ 5,6148. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para outubro teve movimento bem modesto, por volta de US$ 10 bilhões. No ano, o dólar avança 15,69% em relação ao real, que divide com o peso mexicano o papel de pior moeda entre as principais divisas globais.
Operadores não identificaram gatilhos mais fortes para justificar a leve apreciação do real ao longo da tarde, mas citaram ajustes de posições, após o dólar ter avançado nos últimos cinco pregões e acumulado valorização de 2,84% na semana passada. Com a ausência dos negócios nas bolsas em Nova York e no mercado de Treasuries, ambos fechados em razão do feriado do Dia do Trabalho nos EUA, a liquidez foi reduzida, o que deixou a formação da taxa de câmbio mais suscetível a movimentações pontuais.
Pela manhã, o BC vendeu a oferta de 14.700 swaps cambiais extras (US$ 735 milhões), o que equivale à venda de dólar futuro. Trata-se do restante da oferta de 30 mil contratos oferecidos na sexta-feira e que não foram absorvidos. Ao todo, o BC vendeu na sexta e hoje US$ 1,5 bilhão em swaps cambiais. No dia 30, já havia vendido US$ 1,5 bilhão em leilão de moeda à vista, operação que estaria relacionada a saída pontual de recursos provocada pelo rebalanceamento do EWZ, o ETF do Brasil no índice do MCSI, com entrada de ações brasileiras negociadas no exterior, como Nubank e XP.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Jovem Pan Read More