Dólar cai a menor valor em um mês e fecha a R$ 5,42 com diferencial de juro entre Fed e Copom
O real teve a segunda melhor performance entre as principais divisas emergentes e de países exportadores de commodities nesta quinta-feira (19), ficando atrás apenas da moeda australiana. Em baixa desde a abertura, o dólar chegou a tocar mínima intradia de R$ 5,3958 pela manhã. Ao amenizar o ritmo por parte da tarde, a moeda americana fechou em queda de 0,69%, a R$ 5,4242.
A apreciação cambial, que levou a cotação para menor nível desde 19 de agosto, ocorre com a leitura do mercado de que o corte de 50 pontos-base na taxa de juros dos Estados Unidos é favorável para commodities. Assim, o Brasil se beneficia também pelo maior diferencial entre os juros da maior economia do mundo e o local, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subir a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual e trazer um comunicado hawkish (duro).
O Fed cortou na quarta-feira (18) a taxa dos Fed Funds para a faixa entre 4,75% a 5,00% ao ano, estimulando um maior apetite por risco entre os investidores e favorecendo moedas de mercados emergentes. Já a Selic foi elevada para 10,75%, no primeiro aperto monetário do terceiro mandato do presidente Lula. O quadro fiscal brasileiro segue como pano de fundo, o que limita que a performance seja melhor.
O tom do comunicado do Copom foi considerado mais duro, levantando apostas de que o BC vai acelerar o passo nas duas últimas reuniões do ano para terminar rápido, até janeiro, o ciclo de aperto. Entre as principais divisas emergentes e de exportadores de commodities, o real só perde em relação ao dólar australiano, a que geralmente tem uma reação mais correlacionada às commodities, sobretudo com o minério de ferro, que subiu 1,69% (Dalian) e 2,18% (Cingapura).
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Jovem Pan Read More