Cientistas monitoram mutações do vírus da gripe em amostras de esgoto

Cientistas monitoram mutações do vírus da gripe em amostras de esgoto

Um grupo de pesquisas está se preparando para monitorar o surgimento e o avanço de novas cepas do vírus influenza, causador da gripe, na capital paulista. De acordo com o IPSP (Institut Pasteur de São Paulo), coletas periódicas de amostras de esgoto permitirão identificar quais cepas entraram em circulação e quais podem trazer risco à saúde humana e animal. Além disso, será possível prever o início e o pico de sua transmissão, bem como a circulação dinâmica no ambiente urbano. As informações coletadas serão repassadas às autoridades de saúde pública e ajudarão no desenvolvimento de uma vacina mais eficaz e rápida contra a doença. O projeto, que conta com financiamento da Fapesp, tem previsão de duração de quatro a cinco anos. Atualmente, os imunizantes distribuídos pelo Ministério da Saúde protegem contra os três tipos de cepa do vírus influenza que mais circularam nos hemisférios Norte e Sul.

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

No entanto, nem sempre os vírus em circulação são os mesmos que compõem a vacina, e a influenza muta rapidamente. Estima-se que a eficácia do imunizante em uma campanha varie de 40% a 60%, devido à adequação às cepas em circulação e à adaptação às espécies de cada uma. A proposta é criar uma plataforma de vacina baseada em RNA autorreplicativo, que imita o mecanismo existente em alguns vírus, como o chikungunya e outros alfavírus. Nesse mecanismo, a sequência codificadora da proteína vacinal alvo é replicada múltiplas vezes por mecanismos inseridos no próprio RNA da vacina.

Publicado por Luisa Cardoso

Fonte: Jovem Pan Read More