Dólar fecha em alta, cotado a R$ 5,53, e real tem 2º pior desempenho entre divisas emergentes
A queda das commodities impulsionou a alta do dólar em relação ao real desde o início das negociações nesta terça-feira (8), em um dia com poucos eventos econômicos relevantes. O minério de ferro recuou até 5%, refletindo a decepção do mercado com a falta de medidas abrangentes para estimular a economia da China, enquanto o petróleo caiu 4% devido à realização de lucros e ao sinal de um possível acordo de cessar-fogo pelo Hezbollah. Entre as moedas de países emergentes e exportadores de commodities, o real teve o segundo pior desempenho, ficando atrás apenas do rand sul-africano, que se desvalorizou ainda mais frente ao dólar.
O dólar à vista encerrou o dia com uma alta de 0,85%, cotado a R$ 5,5328. O contrato futuro para novembro registrava elevação de 0,68%, e era negociado a R$ 5,551 no final desta tarde. Já o índice DXY, que mede a força do dólar em relação a seis moedas fortes, manteve-se praticamente estável (+0,01%), fechando a 102,549 pontos.
O retorno do feriado prolongado na China trouxe nova decepção para o mercado, que esperava o anúncio de um pacote de estímulo trilionário. No entanto, o chefe da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (NDRC), Zheng Shanjie, mencionou apenas a antecipação de 100 bilhões de yuans (US$ 14,1 bilhões) do orçamento para investimentos do próximo ano, além de um montante similar destinado a projetos de construção. Como resultado, o minério de ferro registrou queda de 2,37% na Bolsa de Dalian, fechando a US$ 111,62 por tonelada, e recuou 5,06% em Cingapura, cotado a US$ 105,15 por tonelada.
Os contratos futuros de petróleo, que vinham em alta nos últimos pregões, sofreram um revés após a notícia de que o Hezbollah estaria buscando um cessar-fogo no Oriente Médio, além do aumento da produção de petróleo na Líbia, que havia interrompido suas operações. O petróleo WTI para novembro fechou em queda de 4,63%, a US$ 73,57 o barril, enquanto o Brent para dezembro recuou 4,63%, sendo negociado a US$ 77,18 o barril.
Já o foco no Brasil se voltou para a sabatina de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central, que foi aprovado pelo Senado para assumir a presidência da instituição em 2025, com pouco impacto para o dólar.
*Reportagem produzida com auxílio de IA e informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carol Santos
Fonte: Jovem Pan Read More