Policiais rodoviários federais serão julgados por morte de Genivaldo Santos em abordagem
Os três policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo Santos, de 38 anos, enfrentarão um júri popular nesta terça-feira (26). Eles são acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado, em um caso que gerou grande repercussão na sociedade. A morte de Genivaldo ocorreu durante uma abordagem em Umbaúba, Sergipe, no dia 25 de maio de 2022. Ele foi colocado no porta-malas de uma viatura da PRF e exposto a gás lacrimogêneo, o que resultou em sua morte. A certidão de óbito indicou asfixia e insuficiência respiratória como as causas do falecimento, após 11 minutos e 27 segundos de exposição a gases tóxicos. A perícia da Polícia Federal revelou que, embora a concentração de monóxido de carbono fosse baixa, a presença de ácido sulfídrico era significativa, o que poderia ter provocado convulsões e dificuldade respiratória.
O estresse e o esforço físico durante a abordagem contribuíram para uma respiração acelerada de Genivaldo, intensificando os efeitos nocivos dos gases e levando ao colapso pulmonar. Segundo relatos do sobrinho de Genivaldo, ele estava pilotando uma motocicleta quando foi abordado pelos policiais. Nervoso, ele foi agredido antes de ser colocado no porta-malas da viatura. A esposa de Genivaldo, Maria Fabiana, chegou ao local e encontrou o marido dentro do veículo, que estava cheio de gás de pimenta. Ao solicitar que os policiais abrissem o porta-malas para que ele pudesse respirar, foi informada de que ele estava “melhor do que nós” dentro da viatura.
Após a abordagem, Genivaldo foi levado ao pronto-socorro, mas chegou ao hospital sem vida. Maria Fabiana destacou que seu marido era conhecido na comunidade e que várias testemunhas haviam alertado os policiais sobre seus problemas de saúde mental, o que levanta questões sobre a conduta dos agentes durante a abordagem.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Jovem Pan Read More