Oscar 2025: ‘Conclave’ mistura religião e política em thriller envolvente que disputa Melhor Filme

Os bastidores da Igreja Católica nunca pareceram tão intensos e intrigantes quanto em “Conclave”, o novo filme do diretor Edward Berger, que chegou aos cinemas brasileiros na última quinta-feira (23). Com uma trama que mistura religião, política e intrigas, o longa conquistou oito indicações ao Oscar e promete ser um dos grandes destaques da cerimônia deste ano. Entre as categorias, estão Melhor Filme, Melhor Ator, para Ralph Fiennes, e Melhor Atriz Coadjuvante, para Isabella Rossellini.

Baseado no romance de 2016 de Robert Harris, “Conclave” leva o público para dentro de um dos processos mais secretos e ritualísticos do mundo: a eleição de um novo papa. Mas, nesta versão ficcional, a tradição ganha tons de suspense e revela o choque entre ambição humana e poder divino. Ralph Fiennes, em uma atuação poderosa, interpreta um cardeal que se vê no centro de um emaranhado de segredos e traições enquanto tenta navegar pelas complexas alianças formadas no conclave. Ao lado dele, Isabella Rossellini brilha como uma figura que traz camadas de ambiguidade ao drama. A atuação de ambos, somada ao roteiro adaptado e à direção precisa de Berger, transformam “Conclave” em um retrato provocador sobre como o poder se manifesta em um dos cenários mais sagrados do mundo.

A produção não se esquiva de temas controversos e não demorou para gerar receios dentro de setores da própria Igreja Católica, que questionaram o impacto da representação das tensões internas entre seus líderes. Berger, porém, defende que a obra é uma exploração ficcional do poder e das fragilidades humanas, ressaltando que o filme é uma “ode à complexidade das decisões humanas quando confrontadas com a fé”.

Além das atuações, “Conclave” é um show visual e sonoro. A recriação detalhada do Vaticano, o figurino impecável e a trilha sonora dramática são responsáveis por manter o público imerso do início ao fim. A edição ágil, combinada com a narrativa cheia de reviravoltas, faz com que o filme mantenha um ritmo de thriller moderno sem perder a solenidade de seu contexto histórico e religioso.

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“Conclave” disputa o Oscar de Melhor Filme ao lado do brasileiro “Ainda Estou Aqui“, de Walter Salles, em uma competição que promete ser acirrada. A cerimônia do Oscar acontece no dia 2 de março, e o filme de Berger já é apontado como um dos favoritos da noite. Seja pela história cheia de camadas, pelas atuações marcantes ou pela produção impecável, “Conclave” promete deixar sua marca no Oscar 2025 e no imaginário do público.