CPMI do 8 de Janeiro vota convocações e quebras de sigilo nesta terça-feira
A reunião desta terça-feira, 22, da CPMI do 8 de Janeiro será dedicada à votação de requerimentos, que serão definidos pelo presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União Brasil). Mais de mil requerimentos aguardam a apreciação dos membros do colegiado. Os principais pedidos são de convocações e quebras de sigilo. Um dos últimos pedidos na CPMI foi protocolado pelo deputado Alexandre Ramagem (PL), que pede a quebra do sigilo telemático e telefônico de Walter Delgatti Neto, o “hacker da Vaza Jato”, no período de 1º de janeiro de 2017 a 21 de agosto de 2023. O deputado justifica que seria imprescindível obter dados de conversas tidas pelo hacker no período anterior e posterior aos atos do 8 de Janeiro para apurar contradições no depoimento dele na CPMI e também a sua atuação na invasão de telefones de autoridades e na exploração de vulnerabilidades de sistemas do Judiciário. Delgatti foi condenado a mais de 20 anos de prisão, nesta segunda-feira, 21, pelo caso da “Vaza Jato”.
Outro pedido que deve ser analisado pela CPMI é a quebra do sigilo telefônico de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal. O requerimento foi protocolado pela relatora da comissão, Eliziane Gama (Cidadania). Para a senadora, o acesso às informações telefônicas do comandante do PL vai ajudar a apurar as alegações feitas por Walter Delgatti durante seu depoimento na última quinta-feira, 17, à CPMI. Na ocasião, o hacker garantiu ter participado de uma reunião na sede do PL com Valdemar, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PT) e a deputada federal Carla Zambelli (PL). Por outro lado, a oposição ao governo Lula (PT) quer agendar a oitiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Gonçalves Dias. O requerimento já foi aprovado e basta marcar a data para que o general seja ouvido. Nesta quinta-feira, 24, os integrantes da CPMI devem ouvir o sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, que atuou como ajudante de ordens de Bolsonaro junto com o tenente-coronel Mauro Cid. O militar recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio durante a sessão.
*Com informações da repórter Iasmin Costa
Fonte: Jovem Pan Read More