Governo do RS monta gabinete para reconstrução pós-enchente
Após a passagem do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, o governo do Estado criou nesta sexta-feira, 8, um gabinete de crise para reestabelecer as cidades afetadas. “Saímos do caos total, e agora, no dia seguinte, estamos em um caos organizado em que podemos começar a reconntrução. As cidades colapsaram as suas estruturas administrativas, e o Estado então entra para ajudá-las”, afirma o governador Eduardo Leite (PSDB). A coordenação da iniciativa cabe ao Coronel Luciano Chaves Boeira, chefe da Casa Militar, que ficará em uma coordenação geral na capital Porto Alegre. Haverá ainda outro gabinete auxiliar em Lajeado, um dos municípios mais afetados pelo fenômeno climático.
Segundo números divulgados pela Defesa Civil gaúcha às 18 horas desta sexta-feira, 41 pessoas morreram e 46 estão desaparecidas devido ao ciclone. Muçum é o município mais afetada, com 15 mortos. Em seguida, vêm Roca Sales (10), Cruzeiro do Sul (4), Lajeado (3), Estrela e Ibiraiaras (2) e Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza (1). De acordo com o órgão, 3.130 pessoas foram resgatadas e 223 ficaram feridas por causa das chuvas. O total de cidadãos afetados pelos temporais é de 147.341. O total de desabrigados é de 3.193, enquanto o número de desalojados chega a 8.256.
Após as enchentes registradas ao longo da semana no Rio Grande do Sul, a maioria dos principais rios do Estado caminha para uma situação de estabilidade. Agora, a elevação das águas está ocorrendo de forma bem mais lenta, segundo informações da Defesa Civil. Desse modo, o risco de desastres e estragos tende a diminuir. Na quinta-feira, 7, o rio Guaíba chegou a atingir 2,46 metros e preocupou as autoridades, pois vinha recebendo o pico das cheias do Taquari e dos Sinos. Entretanto, nesta sexta-feira, o nível entrou em declínio e está em 2,38 metros, com previsão de diminuir ao longo dos próximos dias. Também está em declínio o nível dos rios Taquari, Jacuí e Caí. Dentre os que provocaram inundações, ainda estão subindo o Uruguai, o Ibirapuitã e o dos Sinos, em São Leopoldo. Em todos os casos, a elevação tem ocorrido de forma lenta.
Fonte: Jovem Pan Read More