MST intensifica ações no Abril Vermelho e pressiona Lula sobre a reforma agrária

O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Teto (MST) está se preparando para intensificar suas ações durante o Abril Vermelho, cobrando do governo Lula (PT) uma maior agilidade na reforma agrária. O movimento, que representa uma significativa base social da esquerda, pressiona o presidente, enquanto a bancada ruralista no Congresso Nacional busca reverter algumas das políticas implementadas pela gestão petista em resposta a essas demandas. Em abril, o MST costuma realizar uma série de protestos, incluindo invasões e bloqueios de rodovias, em homenagem ao massacre de Eldorado do Carajás, que ocorreu em 17 de abril de 1996. Para este ano, o movimento adotou o lema “ocupar para o Brasil alimentar”, com ações programadas em todos os estados do país, destacando a urgência de suas reivindicações.

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O MST ressalta que, ao assumir a presidência, Lula encontrou aproximadamente 65 mil famílias à espera de assentamento, um número que, segundo o movimento, aumentou para cerca de 100 mil durante seu governo. O movimento também busca aumentar o financiamento destinado à agricultura familiar e sustentável, enfatizando a importância de políticas que beneficiem esses agricultores. Por outro lado, a bancada ruralista está mobilizada para derrubar diversas normas estabelecidas pelo governo Lula, que, segundo eles, favorecem as invasões de terras e comprometem a segurança jurídica no campo. Um dos principais alvos é o programa Terra da Gente, que é criticado por conceder ao Executivo um poder excessivo na destinação de terras. Além disso, a bancada planeja implementar um pacote de medidas que visa restringir a atuação do MST e limitar suas ações.