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Cardeais envolvidos no conclave para eleger o sucessor de papa Francisco expressaram sentimentos de “apreensão”, “responsabilidade” e “esperança” enquanto iniciam discussões sobre o perfil do próximo pontífice. Para muitos, a principal característica desejada é que o novo papa seja um “unificador”, capaz de trazer harmonia para a Igreja Católica. Os 12 anos de pontificado de Francisco, o primeiro papa latino-americano, foram marcados por reformas significativas e um estilo simples, o que lhe garantiu tanto admiradores quanto opositores, especialmente entre os setores mais conservadores da Igreja.
Em uma missa realizada na noite de quinta-feira (24) em Roma, o cardeal francês Jean-Marc Aveline resumiu o desafio do conclave, dizendo: “A tarefa que nos concerne nestes dias está além de nós e, ainda assim, nos compele”. O cardeal luxemburguês Jean-Claude Hollerich também se mostrou apreensivo, mas otimista. Ele afirmou que o conclave, provavelmente a ser iniciado entre 5 e 6 de maio, “deve ser encarado com responsabilidade”, reforçando que a decisão é para toda a Igreja.
Na sexta-feira (25), os cardeais se reuniram no Vaticano para discutir as prioridades para o próximo pontificado. Essas reuniões informais, conhecidas como “congregações”, permitem que os cardeais compartilhem suas visões antes do início do conclave. Durante os encontros, os cardeais não passaram despercebidos e foram frequentemente abordados por jornalistas.
Entre as discussões, o cardeal britânico Vincent Nichols destacou o peso da tarefa, descrevendo o momento de escolha do próximo papa como “realmente intimidante”. Ele afirmou que o trabalho será feito “com paz e oração”, uma vez que as portas do conclave se fecharem. Quanto ao perfil do futuro papa, o cardeal Hollerich sugeriu que a origem geográfica não deveria ser um critério primordial. Para ele, mais importante do que a região é a competência e a personalidade do futuro pontífice, que deve ser “um unificador” e “um homem simples, capaz de ouvir pessoas de diferentes perspectivas”.
Do lado conservador, o cardeal alemão Gerhard Müller alertou sobre os riscos de cisma caso um papa progressista seja eleito, enfatizando que a questão não é entre conservadores e liberais, mas entre “ortodoxia e heresia”. Já o cardeal hondurenho Oscar Rodríguez Maradiaga, apesar de não poder votar por ter mais de 80 anos, expressou confiança na unidade do conclave, acreditando que o bom senso prevalecerá.
*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira
Fonte: Noticias ao Minuto Read More