Trump critica duramente a Suprema Corte dos EUA, que o impediu de retomar expulsões de venezuelanos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou, nesta sexta-feira (16), a Suprema Corte de bloquear suas promessas de campanha depois que o tribunal o impediu de retomar a expulsão de imigrantes venezuelanos usando uma lei do século XVIII. A Suprema Corte, integrada por nove magistrados, dos quais três são progressistas, interveio pela primeira vez neste caso em 19 de abril, para bloquear as deportações sumárias de imigrantes venezuelanos em situação irregular para El Salvador.

A administração Trump recorreu de novo ao tribunal de máxima instância para poder deportar outro grupo recluso no Texas (sul do país). Nesta sexta-feira, em uma decisão de 7 contra 2, os magistrados bloquearam seus planos porque estimam que não estão oferecendo tempo suficiente para os imigrantes contestarem as expulsões, mas devolveu o caso a um tribunal de apelações para que se pronuncie sobre o mérito.

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“A Suprema Corte dos Estados Unidos não me permite fazer o que fui eleito para fazer”, declarou Trump em sua plataforma Truth Social, visivelmente irritado. O tribunal “acaba de decidir que os piores assassinos, traficantes, bandidos e inclusive aqueles com problemas mentais que entraram ilegalmente em nosso país não possam ser expulsos sem passarem por um proceso legal longo, demorado e custoso, que possivelmente levará muitos anos por pessoa e permitindo que cometam vários crimes antes mesmo de comparecerem a um tribunal”, se queixou.

O presidente republicano costuma acusar sem provas os imigrantes de serem criminosos e os considera criminosos por terem entrado no país sem visto ou autorização. “O resultado dessa decisão permitirá que mais criminosos entrem em nosso país, causando grande prejuízo ao nosso querido povo americano”, disse, embora a política migratória americana permita as expulsões de imigrantes sem ser necessário o uso da lei do século XVIII. “Este é um dia ruim e perigoso para os Estados Unidos!”, concluiu.

*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira