PF prende miliciano alvo de traficantes que assassinaram médicos por engano no RJ
O miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e seu pai, Dalmir Barbosa, foram presos pela PF (Polícia Federal) nesta terça-feira, 31, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Taillon seria o alvo de traficantes que mataram, por engano, três médicos na orla da Barra, no início de outubro. Ele é apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua em Rio das Pedras. Segundo a PF, um dos alvos foi preso na Avenida Abelardo Bueno, no momento em que saía de um prédio comercial acompanhado de três homens armados que faziam a sua segurança: dois policiais militares da ativa e um militar do Exército, também da ativa. Os três foram presos em flagrante. O investigado já havia sido detido em dezembro de 2020, em uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. Em julho do ano passado, Taillon foi condenado a 8 anos e 4 meses de prisão por organização criminosa, por integrar um grupo paramilitar na Zona Oeste fluminense. Diego Ralf de Souza Bonfim, Marcos Corsato e Perseu Ribeiro Almeida estavam na cidade para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. Os três estavam acompanhados por Daniel Sonnewend Proença, que sobreviveu ao ataque. O crime ocorreu na madrugada do dia 5 de outubro. As vítimas estavam em um quiosque quando criminosos desceram de um carro e atiraram contra os profissionais. Três deles morreram no local. Foram mais de 30 disparos. A investigação apontou que as vítimas foram mortas por engano. O alvo do ataque era Taillon, que se parece com Perseu, e mora próximo do local onde ocorreu o ataque. Perseu morreu na hora.
Após a repercussão do caso, a Polícia Civil do Rio Janeiro localizou quatro corpos de traficantes suspeitos de participarem da execução no mesmo dia do crime. Destes, três estavam dentro de um veículo na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro, Já o quarto estava no segundo carro, na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul. Segundo a Polícia Civil, dois dos quatro corpos localizados são de suspeitos de terem participado do ataque a tiros contra os médicos: Philip Motta Pereira, o Lesk (que teria dado a ordem para matar Taillon) e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan. Os outros dois corpos eram de Thiago Lopes Claro da Silva e Pablo Roberto da Silva dos Reis. Todos foram mortos após ordem do Comando Vermelho (CV). Diego Ralf de Souza Bonfim, um dos mortos no ataque, era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Formado pela Universidade do Oeste Paulista, Diego era especialista em reconstrução óssea Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). A segunda vítima é Marcos Corsato, de 62 anos. Ele atuava como Diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, além de atender em consultórios particulares nos bairros da Mooca e de Pinheiros. O outro médico que morreu é Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos. Formado em medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) em 2017, se especializou em cirurgia de pé e tornozleo pelo IOT e era membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. A vítima que sobreviveu é o médico Daniel Sonnewend Proença, 33, formado pela Faculdade de Medicina de Marília em 2016.
Fonte: Jovem Pan Read More