Oposição desiste de prorroração da CPI do MST após governo virar maioria
O governo mobilizou partidos aliados do chamado Centrão para alcançar a maioria na CPI do MST. A negociação derrubou parlamentares de oposição considerados radicais, o que dificulta o debate para quem é abertamente crítico ao movimento. A comissão tem 120 dias de funcionamento, com a possibilidade de mais 60 dias, mas segue vigente o fim de prazo para 14 de setembro. “Nós não vamos pedir prorrogação. Agora que o governo se movimenta para ter maioria, não faz sentido alongar uma CPI cuja maioria dos membros é o governo, ligado umbilicalmente ao MST. Claramente há uma movimentação dos partidos que querem ser governo para consolidar apoio e formar bases que o centrão sempre negociou”, explica o deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da comissão. Nesta quarta-feira, 9, a CPI do MST nem sequer conseguiu realizar audiência, e a sessão foi encerrada. “Para minha surpresa, deputados foram retirados desta sessão. Não há como seguir com a votação de requerimentos. Espero que ainda consigamos constituir uma maioria no colegiado. Pretendemos avançar com as investigações com o tempo que nos resta”, disse o também deputado Tentente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI.
Alterações no colegiado:
Republicanos: dois nomes retirados; não indicou substitutos;
União Brasil: saem Antonio Carlos Nicolete e Alfredo Gaspar; Carlos Henrique Gagin e Damião Feliciano assumem as vagas;
PP: reivindicou uma vaga cedida ao PL; sai Coronel Meira, entra Mário Negromonte; além disso, Clarissa Tércio sai para entrada de Átila Lira.
Fonte: Jovem Pan Read More