Pai de sequestrados pelo Hamas relata drama com falta de informações sobre os filhos

Pai de sequestrados pelo Hamas relata drama com falta de informações sobre os filhos

Negociadores têm trabalhado para fechar um acordo que permita a libertação dos cerca de 240 reféns, a maioria israelenses, sequestrados em 7 de outubro, durante o ataque mais mortal da história de Israel. Em entrevista à Jovem Pan News, Itzik Horn, que tem dois filhos sequestrados pelo Hamas, contou de Israel como lida com a apreensão da família por notícias que possam viabilizar a liberação dos centenas de reféns feitos pelo grupo palestino: “Não temos nenhum tipo de notícias, só sabemos que estão na lista de sequestrados do Hamas. Estamos atentos a todas as versões ao longo desses dias, se haverá a troca de prisioneiros, ou não, se haverá a liberação dos reféns, ou não. Em geral, tudo causa mais tensão na família”. A família Horn deixou a Argentina para morar em Israel e os filhos Eitan Horn, de 37 anos, e Yair Horn, de 45 anos, foram sequestrados durante a invasão do Hamas, quando combatentes também mataram cerca de 1.200 pessoas durante a incursão ao território israelense, a maioria civis. O irmão mais novo havia ido visitar o mais velho no feriado que marcou o início da guerra.

O pai mantém as esperanças de rever os filhos vivos, mas ressalta que a decisão cabe a um grupo terrorista: “Até hoje não é possível conseguir uma lista com o nome dos reféns, prisioneiros e sequestrados do Hamas e qual o estado de saúde dessas pessoas. Nossa esperança é que todos esses reféns voltem sãos, salvos e vivos. Sabemos que eles não são prisioneiros do exército do Brasil ou do Canadá, forças que respeitam os direitos humanos e a Convenção de Genebra”. “Vamos supor que hoje estejam negociando uma possível liberação de 50 a 53 pessoas. Um grupo formado por crianças, mães e idosas. Qual será o próximo passo? Quando será? Tenho dois filhos mantidos reféns. Quando eles vão sair? Qual a garantia de que o trato será cumprido? Ainda mais com as exigências que o Hamas está pedindo, cinco dias de trégua, entrada de combustível e que Israel não tenha voos de inteligência sobre Gaza. Evidentemente que as regras do jogo estão nas mãos deles, não nas nossas”, declarou Itzik.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

Fonte: Jovem Pan Read More