Greve de ônibus prevista para esta sexta-feira é suspensa em São Paulo
A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, prevista para acontecer nesta sexta-feira, 1º, foi suspensa. A paralisação seria um ato após a suspensão do resultado das eleições do SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), em decisão tomada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Segundo apuração da repórter Letícia Miyamoto, da Jovem Pan News, a desistência do protesto ocorre após uma audiência no Tribunal ser marcada para esta sexta. Além disso, o grupo estava dividido quanto a manifestação. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), porém, já havia entrado com um pedido na Justiça para garantir o funcionamento de todas as linhas. O pedido da administração municipal também consistia numa multa de R$ 1 milhão em caso de paralisação. O prefeito, por fim, citou a falta de um aviso prévio para esta greve, ressaltando o impacto negativo para a população.
Entenda o caso
O pedido de suspensão da eleição foi solicitado por uma das chapas concorrentes, Grupo Oposição e Luta, que é contrária à atual direção. A vitória ficou com a chapa Resgate Raiz, que representa a atual diretoria, e recebeu cerca de 14 mil dos 20 mil votos. De acordo com o sindicato, o cancelamento do pleito vai contra as regras estabelecidas no estatuto da entidade e na Constituição. A decisão de cancelar a eleição foi confirmada em segunda instância pelo tribunal, que também impôs uma multa de R$ 50 mil a cada membro da comissão eleitoral e ao candidato que lidera a chapa vencedora. Três das quatro chapas envolvidas na disputa haviam solicitado o adiamento da votação por três meses e a substituição das cédulas de papel por urnas eletrônicas. A chapa vencedora, porém, alega que o estatuto do sindicato prevê que as eleições sejam realizadas com cédulas impressas. As eleições do SindMotoristas possuem um histórico de conflitos. Em 2013, um tiroteio deixou oito pessoas feridas. No pleito seguinte, em 2018, a contagem dos votos foi realizada dentro de um batalhão da Polícia Militar. Na terça-feira, 28, trabalhadores do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e parte do funcionalismo público paulista, como os funcionários da Fundação Casa. A paralisação durou 24h.
Fonte: Jovem Pan Read More