Relatório aponta que 2023 é ano mais quente em 174 anos
O ano de 2023 está sendo considerado o mais quente da história, de acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), desenvolvido em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o documento, a temperatura média da superfície global está 1,4°C acima da média de 1850/1900. Essa marca supera os anos de 2016 e 2020, que registraram 1,29°C e 1,27°C acima da média, respectivamente. Além disso, o documento aponta que os últimos nove anos, de 2015 a 2023, serão os mais quentes da história. A média global de temperatura nos últimos dez anos, de 2014 a 2023 (até outubro), ficou 1,19°C acima da média de 1850 a 1900, consolidando-se como a década mais quente já registrada. No Brasil, o ano de 2023 também se destaca como um dos mais quentes desde a década de 1960. Durante quatro meses consecutivos, de julho a outubro, as temperaturas ficaram acima da média histórica. Em setembro, foi registrado o maior desvio desde 1961, com uma temperatura 1,6°C acima da média histórica no período de 1991 a 2020. O calor extremo e os eventos do calorão predominaram em grande parte do país ao longo de 2023, refletindo os impactos do El Niño. Além disso, outros fatores, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos, têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos. No mês de novembro, uma forte onda de calor atingiu o Brasil, com 12 dias seguidos de temperaturas acima da média. Em Araçuaí, Minas Gerais, foi registrada a temperatura máxima de 44,8°C no dia 19, considerado o dia mais quente no histórico de medições do país. As regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul foram as mais afetadas pela onda de calor, com São Paulo registrando uma temperatura máxima de 37,7°C nos dias 13 e 14 de novembro, recorde para o mês. O Inmet prevê que as temperaturas elevadas devem continuar durante o verão brasileiro, que vai de dezembro deste ano a março de 2024. A previsão é de que as temperaturas fiquem de 0,5°C a 1°C acima da média, com destaque para as regiões Norte e Nordeste.
Fonte: Jovem Pan Read More