‘Vitória da democracia e da civilidade’, diz Barroso na posse de Flávio Dino no STF
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, usou os minutos finais da cerimônia de posse de Flávio Dino como o novo ministro do Supremo para fazer uma saudação ao mais novo colega. Ainda que a solenidade não caiba espaço para discursos, nem do presidente do STF ou mesmo do novo empossa, Barroso antecipou que gostaria apenas de se limitar a fazer uma “breve saudação” de boas-vindas a Dino: “Uma pessoa que é recebida por todos nós com muita alegria”, iniciou. Em rápidas palavras, Luís Roberto Barroso exaltou a ampla presente de autoridades, ministros de Estado, parlamentares e membros do Judiciário na cerimônia e lembrou o currículo de Dino, incluindo duas passagens pelos Três Poderes.
“Flávio foi deputado federal, senador da República, governador de Estado por duas vezes, reeleito de maneira consagradora, ministro da Justiça, portanto também no Executivo. E embora uma faceta menos conhecida do seu currículo, Flávio é juiz federal concursado, foi o primeiro colocado do concurso dele, portanto, também trafegou pelo judiciário e foi secretário do Conselho Nacional de Justiça”, afirmou. Para encerrar o discurso, Barroso exaltou a presença de pessoas de diferentes lados políticos e exaltou como o cenário diverso representa a “vitória da democracia”.
“Na verdade, a presença neste plenário de pessoas de visões políticas das mais diversas apenas documentam como o agora ministro é uma pessoa respeitada e querida pela comunidade jurídica, política e pela sociedade brasileira. E a presença de todas as pessoas, de todas as visões, também documenta a vitória de democracia, da institucionalidade e da civilidade. Flávio, nós o recebemos com muita alegria. A vida é dura, mas é boa porque nos dá o privilégio de servir ao país sem nenhum outro interesse que não seja fazer um país melhor maior”, concluiu Barroso.
Como o site da Jovem Pan mostrou, Flávio Dino tomou posse como o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 3, cerca de três meses depois de ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele vai herdar 340 acervo de 340 processos, incluindo ações de grande repercussão, como o que trata da legalidade do indulto de Natal concedido por Jair Bolsonaro em 2023 e uma ação da CPI da Covid-19 contra o ex-presidente. Além disso, ele será relator de casos envolvendo figuras políticas com quem conviveu, como o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e os senadores Chico Rodrigues e Telmário Mota, investigados por desvios de verbas públicas.
Fonte: Jovem Pan Read More