‘Enquanto esse governo estiver no poder, a guerra não vai acabar’, afirma colaboradora do Instituto Brasil-Israel
Conflito entre o Hamas e Israel irá completar 6 meses no próximo domingo, dia 7 de abril. Desde o dia 7 de outubro do ano passado, a guerra continua sem perspectiva de paz. No Jornal da Manhã desta sexta-feira (5), a colaboradora do Instituto Brasil-Israel, doutora em Relações Internacionais e em questões do Oriente Médio, Karina Calandrin, comentou qual é o cenário a curto prazo. “Pouco provável que haja uma mudança no comportamento do governo israelense e do grupo terrorista Hamas, porque foi aprovado recentemente uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, clamando e exigindo um cessar-fogo, incluindo o retorno dos reféns, mas, os dois lados, tanto o Hamas quanto Israel, negaram e isso tem tencionado ainda mais a situação”. O governo israelense está sofrendo uma forte pressão interna da população, a partir de manifestações.
Os Estados Unidos, um dos maiores aliados de Israel no cenário internacional, estão cada vez mais críticos ao decorrer dos meses. “O problema de toda essa equação que faz com que o cessar-fogo não pareça tão próximo, é a situação política israelense. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, está buscando permanecer no poder como primeiro-ministro e é sabido que a partir do momento em que a guerra entrar em uma situação de cessar-fogo, mesmo que seja temporária, isso pode levar a uma queda do governo.”, explica Karina. Com a tamanha insatisfação dos israelenses, a doutora em Relações Internacionais e em questões do Oriente Médio, afirma que é possível a saída de Netanyahu. “As eleições têm se tornando um ponto quase de consenso na sociedade israelense, até mesmo em diferentes perspectivas políticas, eleitores de esquerda, direita e centro, porque a situação se tornou insustentável. A opinião pública israelense chega a conclusão que o governo não tem atuado de maneira satisfatória no conflito, principalmente o que tange a questão dos reféns“.
Fonte: Jovem Pan Read More