OMS alerta sobre risco de transmissão do vírus H5N1 pelo consumo de leite fresco
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o risco de transmissão do vírus H5N1, causador da gripe aviária, por meio do consumo de leite fresco. A doença, que antes afetava principalmente aves, agora preocupa devido à sua capacidade de infectar diversas espécies e se espalhar geograficamente. Embora o vírus tenha sido encontrado no leite, ainda não está claro se ele pode ser transmitido através desse alimento. A OMS pede que os países fiquem atentos à possibilidade de transmissão do vírus de animais para humanos.
O alerta foi emitido após a detecção de fragmentos do vírus em amostras de leite cru nos Estados Unidos. Tanto a OMS quanto a FDA recomendam o consumo de leite pasteurizado como medida de segurança. “A investigação sobre o vírus detectado no leite, bem como seu potencial papel na transmissão, está em andamento”, afirmou a OMS em comunicado na última sexta-feira (26).
A entidade internacional recomenda que os países implementem medidas de controle de infecções e reduzam a exposição humana a aves e mamíferos possivelmente infectados com a gripe ou outros vírus da influenza. Antes da descoberta dos fragmentos do vírus no leite, um surto de H5N1 foi identificado em 33 rebanhos de oito Estados dos EUA, fato que motivou a investigação sobre o leite. Pelo menos uma pessoa no Texas foi diagnosticada com gripe aviária após ter contato direto com vacas leiteiras supostamente infectadas, mas não apresentou sintomas graves.
A gripe aviária é altamente contagiosa e causada por variantes do vírus Influenza. No Brasil, foram registrados 158 casos, a maioria em aves silvestres. A transmissão para humanos é considerada rara, mas não significa imunidade à doença. A gripe aviária é uma doença altamente contagiosa, causada por variantes do vírus Influenza. Atualmente, grande parte dos casos de alto potencial transmissível no Brasil e em outras partes do mundo é da cepa H5N1.
Até o momento, a doença foi identificada em aves domésticas e silvestres, planteis de criação, além de mamíferos. O ser humano também pode contrair, embora isso seja mais raro. Notificada pela primeira vez em 1878, na Itália, a “praga aviária”, como era conhecida na época, só foi classificada como influenza A em 1955. O primeiro relato de contágio pela variedade H5N1 ocorreu em 1997, em Hong Kong. O Brasil, até 15 de março de 2023, nunca havia registrado focos da doença.
De acordo com dados de março do Ministério da Agricultura, o Brasil registrou 158 casos de gripe aviária, sendo 155 em aves silvestres e três em aves de criação para subsistência. Geralmente, a transmissão ocorre por meio do contato com secreções, sangue, fezes e até tecidos de animais infectados. Além disso, também pode ocorrer por meio de partículas de aerossóis liberadas nas fezes das aves doentes, contaminando o ar.
Sintomas
Os sintomas da gripe aviária em humanos são semelhantes aos da gripe comum, incluindo febre alta, dores musculares, dor lombar, dor de cabeça, náusea, fadiga e sintomas respiratórios como tosse e expectoração. No entanto, o quadro pode evoluir gravemente, levando a dificuldades respiratórias e até hemorragia pulmonar. Além disso, há casos de infecção assintomática, em que o paciente não apresenta sinais de doença
Nas aves, os sintomas podem incluir problemas no sistema nervoso e de coordenação motora, como andar desajeitado, redução na produção de ovos (em aves poedeiras) e mortes em larga escala.
Se uma pessoa for exposta a aves suspeitas ou confirmadas com H5N1, ela deve ser monitorada pelo serviço de saúde local, e ficar isolada por 10 dias, tempo de incubação do vírus (período em que os sintomas se manifestam). Se o paciente apresentar sintomas, é necessário coletar secreções de região da nasofaringe – como feito na covid-19 com o swab – e permanecer isolada até os sintomas desaparecerem.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More