Justiça suspende votação na Câmara de São Paulo que aprovou privatização da Sabesp

Justiça suspende votação na Câmara de São Paulo que aprovou privatização da Sabesp

Uma decisão liminar divulgada nesta sexta-feira (3) suspendeu os efeitos da votação que viabilizou a privatização da Sabesp, realizada ontem (2) na Câmara Municipal de São Paulo. A Justiça entende que houve irregularidades no processo. A ação movida por partidos de oposição, aberta por PT e PSOL, questiona a falta de audiências públicas e estudos necessários para o projeto de lei. A situação pode ser revista a qualquer momento pela Justiça. O texto traz alterações no acordo entre a prefeitura e a Sabesp, empresa de água e saneamento. A aprovação dos vereadores é necessária devido à lei de 2009 que prevê a extinção automática de contratos se o controle acionário da Sabesp for transferido à iniciativa privada. A privatização envolve a venda de ações planejada pelo governo do Estado, afetando a operação da capital. A Procuradoria da Câmara deve recorrer da decisão.

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O projeto aumenta o percentual da receita obtida pela empresa na cidade que deve ser investida no município, além de destinar mais recursos ao Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura. Reduz também a dívida da prefeitura com a Sabesp. Na primeira votação, a proposta teve 36 votos a favor e 18 contra. A desestatização é uma promessa de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o objetivo de reduzir a tarifa cobrada atualmente. A gestão estadual planeja usar parte do dinheiro obtido com a privatização para criar um fundo com essa finalidade. O assunto despertava preocupações na Câmara de São Paulo, especialmente após problemas no fornecimento de energia pela Enel, empresa privada responsável pelo abastecimento na cidade.

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan Read More