MEC decide que cursos EAD para formação de professores devem ter metade de carga horária presencial

MEC decide que cursos EAD para formação de professores devem ter metade de carga horária presencial

O Ministério da Educação (MEC) homologou o parecer do Conselho Nacional da Educação (CNE) que define que os cursos de formação para professores, como as licenciaturas, terão de ser oferecidos com 50% da sua carga horária presencial. A educação a distância (EAD) para formar docentes no País tem crescido nos últimos anos, com questionamentos de especialistas sobre a qualidade. O documento intitulado Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior de Profissional do Magistério da Educação Escolar Básica atualiza outras normativas, de 2019 e de 2015, sobre formação de professores para que eles “consigam enfrentar as demandas e desafios da educação contemporânea”, segundo o texto. Na parte destinada à estrutura curricular, a resolução diz que a formação deve ser preferencialmente feita de forma presencial.

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Ao detalhar a carga horária do currículo da formação inicial de professores, de 3,2 mil horas no total, diz que:

As 880 horas para formação geral podem ser feitas de forma presencial ou a distância;
Das 1,6 mil horas destinadas ao aperfeiçoamento específico na área em que o professor vai ensinar, 880 horas precisam ser presenciais pelo menos (720 horas poderiam em EAD);
As 400 horas destinadas a estágios devem ser presenciais;
As 320 horas destinadas a atividades de extensão em escolas devem ser presenciais.

O crescimento na oferta de cursos EAD tem sido registrado no País desde os anos 2000. O ritmo de criação de novos cursos aumentou a partir de 2018, impulsionado pelo decreto do presidente Michel Temer (MDB) no ano anterior. A norma flexibilizou a abertura de polos de educação a distância. O total de graduações aumentou 700% entre 2012 e 2022, segundo dados do ministério. Em dezembro, o MEC publicou portaria que suspendeu os processos de autorização de novos cursos a distância de 17 áreas, entre elas Direito, Medicina e todas as licenciaturas.

Também foram paralisados os pedidos de credenciamento de instituições de ensino superior que quisessem oferecer cursos a distância, mas não obtiveram conceito 4 (numa escala de zero a cinco) na avaliação federal. A Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) havia protocolado uma carta ao ministro e ao CNE pedindo que a resolução fosse revista. A entidade dizia que haveria redução drástica “de professores formados no Brasil nos próximos anos”. Para o presidente da Abed, João Mattar, a educação a distância é essencial em regiões remotas e rurais, e para alunos pobres.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan Read More