França tem eleição-chave com a direita na liderança neste domingo
“Mais do que nunca, é preciso votar. É realmente urgente. Não podemos deixar o país nas mãos dessas pessoas”, alertou na quinta-feira o capitão da seleção francesa de futebol, Kylian Mbappé. Le Pen acusou Mbappé de dar “lições de moral”, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o jogador francês e enfatizou a importância de “garantir a democracia”. A NFP, que inclui socialistas, ambientalistas, comunistas e o França Insubmissa (esquerda radical), e a aliança de Macron formaram uma “frente republicana” para tentar impedir a vitória do governo de direita.
Os primeiros resultados serão conhecidos no encerramento dos colégios eleitorais, no domingo (6), a partir das 20h locais (15h em Brasília), após uma campanha tensa no segundo turno. “Esta campanha é curta e no entanto já temos 51 candidatos, suplentes e ativistas agredidos fisicamente”, disse o ministro do Interior, Gérald Darmanin, à rede BFMTV, acrescentando que mais de 30 pessoas foram detidas. Para evitar tumulto após a divulgação do resultados, as autoridades planejam mobilizar 30 mil agentes no domingo à noite, 5 mil em Paris.
O acordo implica a retirada do candidato “republicano” com menos probabilidades de vencer nas circunscrições onde ambas alianças se qualificarem para o segundo turno, contra um candidato de extrema direita em posição de força. “Se não obtivermos a maioria absoluta no domingo, o país ficará bloqueado”, escreveu Le Pen nesta sexta-feira (5) na rede social X, quando as últimas projeções da Ipsos e do Ifop lhe indicavam entre 170 e 210 assentos dos 577 da Assembleia Nacional (câmara baixa). Uma vitória da direita na segunda maior economia da União Europeia e potência nuclear poderia debilitar a influência francesa em Bruxelas, onde Paris tem sido um dos principais motores da integração europeia, e golpear duramente a política de apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
Resultado incerto
Embora os franceses caminhem no sentido de redirecionar os três blocos formados nas eleições de 2022 – esquerda, centro-direita e extrema direita – a formação de um novo governo parece complicada. O primeiro-ministro de centro-direita, Gabriel Attal, já anunciou nesta sexta-feira que seu governo está disposto a continuar “o tempo que for necessário” para garantir a continuidade do Estado. A França sediará os Jogos Olímpicos de Paris a partir de 26 de julho.
Sem maiorias certas em nenhum dos blocos, várias hipóteses começam a surgir: de uma “grande coligação” entre a esquerda (sem o França Insubmissa), o partido no poder e os deputados de direita que não se aliaram ao RN, até um governo técnico.
Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan Read More