Nicolás Maduro é reeleito presidente da Venezuela com 51,2% dos votos, diz CNE

Nicolás Maduro é reeleito presidente da Venezuela com 51,2% dos votos, diz CNE

Com 80% das urnas apuradas e 59% de participação eleitoral, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais da Venezuela, que ocorreram neste domingo (28). O presidente do CNE, Elvis Amoroso, afirmou em coletiva de imprensa que Maduro venceu com mais de 5 milhões de votos, cerca de 51%, para a sua reeleição, contra 49%, aproximadamente 4 milhões, do candidato opositor, Edmundo González Urrutia, representante da carismática e popular líder opositora María Corina Machado, impedida de se candidatar devido a uma inabilitação política. Maduro, de 61 anos, ocupa o cargo desde 2013, ungido pelo líder socialista Hugo Chávez pouco antes de sua morte. A votação foi encerrada às 18h00 (19h00 em Brasília) e a apuração começou por volta das 20h.

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Maduro colocou esta eleição como uma encruzilhada entre “paz ou guerra” e advertiu que uma vitória da oposição pode levar a um “banho de sangue”, o que lhe valeu críticas dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chile, Gabriel Boric, entre outros. González reiterou seu chamado às Forças Armadas para “respeitar a decisão do nosso povo”. Os militares são o principal suporte de Maduro, que assegura que lhe são leais. “Vimos uma jornada perfeitamente em paz”, indicou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino. “Vamos observar permanentemente toda a situação”.

Poucos observadores 

Nestas eleições, esteve presente uma pequena delegação do Centro Carter, que indicou não ter capacidade de realizar uma “avaliação integral do processo de votação, contagem e tabulação” como tinha previsto fazer a União Europeia, excluída como observadora no final de maio. Um painel de quatro especialistas da ONU também acompanha a votação, embora seu relatório seja confidencial e só será compartilhado com o secretário-geral António Guterres.

O assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, que está na Venezuela como observador das eleições no país, disse que estava acompanhando de perto o processo de votação eleitoral. Ele destacou a participação do eleitorado venezuelano, defendendo que o resultado seja respeitado por “todos os candidatos”, e disse que Lula vinha sendo informado ao longo do dia.

Os Estados Unidos, que impulsionaram a eleição com um alívio das sanções que impuseram em 2019 após não reconhecerem a reeleição de Maduro no ano anterior, fizeram um chamado para respeitar o “processo democrático”. “Os Estados Unidos estão com o povo da Venezuela que expressou sua voz nas históricas eleições presidenciais de hoje.

A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada”, afirmou a vice-presidente americana, Kamala Harris, na rede social X. Continuaremos trabalhando para alcançar um futuro mais democrático, próspero e seguro para o povo da Venezuela”, acrescentou Harris, candidata presidencial democrata.

(em atualização)

Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações da AFP

Fonte: Jovem Pan Read More