Professor de idiomas de Neymar fecha contrato com clubes de futebol e auxilia famosos no aprendizado de inglês
Aprender outro idioma é algo que transforma vidas, aliás, o inglês é vastamente reconhecido como a língua internacional dos negócios, da tecnologia, da ciência e das comunicações. Em tempos de Olimpíadas, podemos considerar que esse é o idioma oficial dos Jogos e percebemos sua importância ao acompanhar um pouco das transmissões pela TV. Para Leo Reis, mestre em linguística e em ensino da língua inglesa pela University of Leeds (Inglaterra), a habilidade de compreender outro idioma faz diferença na performance dos atletas diariamente. “Há 25 anos leciono e percebo que a comunicação é crucial para todos, mas principalmente, para os atletas que viajam e se colocam em cenários e culturas diferentes de maneira constante. Além de viabilizar a convivência e conforto dos esportistas, saber se expressar corretamente melhora inclusive a saúde mental deles, já que passam a focar nos resultados de maneira mais assertiva ainda”, comenta.
O professor de idiomas de Neymar e Cafu é formado em letras pela UNI-BH (Brasil) e tem como alunos diversos jogadores de futebol. “O Cafu é muito rápido para aprender, você fala uma vez e ele ‘já pega’. O Neymar é bem disciplinado, tudo que é pedido ele faz na hora e ainda repete, assim como o Reinaldo, que jogava no Atlético Mineiro. Jogadores de futebol são disciplinados e têm muita facilidade para aprender. É incrível o foco que eles têm”, conta.
Por falar em Atlético Mineiro, Leo Reis atualmente possui uma parceria com o clube, dando aula para os atletas e sócios-torcedores. Esse mesmo formato ele mantém com o Santos e o Grêmio, através de sua empresa, a American English Academy. “Esse formato oferece benefícios significativos para os sócios-torcedores, funcionários e atletas. A iniciativa visa ampliar as oportunidades de aprendizado da língua inglesa, utilizando uma metodologia inovadora adaptada ao contexto esportivo. Trabalhamos com 50% de desconto no curso online para sócios, sendo que todos os funcionários e atletas das equipes masculina e feminina, tanto do time profissional quanto das categorias de base, podem usufruir do programa de qualificação de forma gratuita.”
Famosos que estudam inglês
Reis não só é mestre de diversas celebridades, como também possui histórias curiosas e divertidas com eles. “Quando eu fui dar aula para o César Menotti, da dupla César Menotti e Fabiano, ele veio a Nova York, disse que não queria ficar em hotel e perguntou se poderia ficar em casa. Então, ele ficou em casa, dormiu na sala, não queria dormir no meu quarto, enfim, as aulas também foram andando por Nova York, indo em restaurantes, foi uma vivência e um aprendizado muito legal que ele teve. Realmente, ele é uma pessoa que gosta de fazer coisas diferentes e é muito determinado. Isso eu nunca havia contado para ninguém”, revela.
Ele lembra que a atriz Luciana Vendramini também foi sua aluna quando fez um teste para um filme em Los Angeles. “Ela tinha que perder um pouco do sotaque, por isso, a gente fez uma aula para reduzir o sotaque dela”. Luan Santana é mais um dos seus alunos mais conhecidos. “Na época, o cantor queria que eu morasse no Brasil para poder dar aula para ele, já que ele viajava muito, né? Então, eu ia ficar viajando com ele para ele aprender inglês, mas eu não tinha condição”, lembra.
Dicas valiosas para quem quer aprender
Segundo o especialista, o principal erro ao tentar aprender um idioma é desprezar a escuta. “Desde cedo aprendemos por escutar, por ouvir palavras. Dessa forma aprendemos a reproduzir o som e incentivamos a mente, então, o essencial é provocar uma explosão de imersão. Comece assistindo vídeos, séries, filmes e ouvindo músicas para acostumar a deixar o ouvido bem aguçado. Um exercício que funciona muito é assistir algo sem legenda em português e depois sem legenda em inglês, assim você exercita a escuta, e não a leitura.” Outro erro recorrente é a má escolha do profissional que vai ensinar o idioma. “É preciso ser alguém qualificado e seguir uma metodologia faz diferença. Além disso, durante a aula é preciso induzir o aluno a falar, a errar, a produzir. Se quem ensina fala mais do que quem aprende, algo está errado”, finaliza.
Fonte: Jovem Pan Read More