Dólar tem leve alta com dados fortes nos EUA e ruídos políticos
As taxas dos Treasuries avançaram em bloco, após dados acima esperado de varejo e números de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA diminuírem os temores de desaceleração abrupta da atividade e, por tabela, esfriarem apostas em corte agressivo de juros pelo Federal Reserve neste ano.
Com mínima a R$ 5,4513 pela manhã e máxima a R$ 5,4938, à tarde, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,4838, em alta de 0,27%. Apesar de dois pregões seguidos de ganhos, a moeda ainda cai na semana (-0,57%). No mês, a desvalorização acumulada é de 3,03%.
Em Brasília, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou o adiamento da votação do projeto de desoneração para a próxima terça-feira, 20. O relator do PL, senador Jacques Wagner (PT-BA), disse que apresenta nova versão do texto na segunda-feira, 19. Há dois pontos polêmicos na proposta: a obrigação de empresas a firmarem termo se comprometendo a manter o mesmo número de empregados e o aumento de 15% para 20% na cobrança de Imposto de Renda de Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Há também um mal-estar na relação entre governo e lideranças partidárias após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter suspendido ontem a execução de todas as emendas impositivas até que o Congresso crise de transparência, rastreabilidade e eficiência. Segundo apurou o Broadcast Político, os ministros do STF devem alinhar posições em torno do tema ainda hoje.
Operadores também citaram que a informação de que a Receita Federal conseguiu até o momento a adesão de 17 contribuintes às condições especiais de pagamento introduzidas na lei do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). O órgão estima arrecadar R$ 87 milhões com esses acordos. As cifras estão muito aquém da estimativa do ministério da Fazenda, que espera um número maior de adesões para ampliar as receitas e atingir as metas fiscais.
Fonte: Jovem Pan Read More