Ucranianos fogem de Donetsk diante do avanço das tropas russas na região

Ucranianos fogem de Donetsk diante do avanço das tropas russas na região

Civis ucranianos da região de Donetsk fugiram em massa nesta quarta-feira (21) do avanço das tropas russas, que mantêm seu ímpeto no leste, apesar da ofensiva lançada pelas forças de Kiev em território russo. O Exército russo tomou vários vilarejos nas últimas semanas e está atualmente a cerca de 10 km de Pokrovsk, uma cidade de aproximadamente 53.000 habitantes na qual as autoridades ucranianas ordenaram uma evacuação com urgência. As autoridades regionais ordenaram na segunda-feira (19) a “evacuação forçada” de famílias com crianças de Pokrovsk, situada em uma estrada que leva aos redutos estratégicos de Chasiv Yar e Kostiantinivka. Nesta semana, o Exército russo reivindicou a tomada de Zhelanne, a cerca de vinte quilômetros a leste de Pokrovsk, e anunciou a captura do município de Nova York, apresentado pela Rússia como um importante núcleo logístico das tropas ucranianas, na aglomeração de Toretsk. No entanto, soldados e blogueiros ucranianos asseguraram que parte de Nova York ainda estava sob controle das forças de Kiev.

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A ofensiva da Ucrânia lançada em 6 de agosto na região russa de Kursk atrai a atenção internacional por levar os conflitos ao território do atacante, mas o epicentro dos combates continua sendo a bacia do Donbass, no leste industrial da Ucrânia. As tropas russas, que invadiram a Ucrânia há dois anos e meio, estão melhor equipadas e são mais numerosas do que as ucranianas. As forças ucranianas afirmaram na terça-feira (20) que controlavam 1.263 km² e 93 localidades na região de Kursk, um pouco mais do que no dia anterior. Sua maior captura reivindicada até o momento é da pequena cidade de Sudzha, que tinha 5.500 habitantes antes da incursão, a 8 km da fronteira com a Ucrânia, que afirma que essa operação pretende criar uma “zona-tampão” em solo russo para afastar as plataformas de bombardeio, obrigar Moscou a redistribuir forças de outros fronts e até mesmo usar essas regiões como moeda de troca em eventuais negociações de paz “justas”.

*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Américo

Fonte: Jovem Pan Read More