Líder do PCC visitou o Rio de Janeiro em 2022 parar aprender a implementar milícia em Guarujá, aponta investigação
Uma investigação realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público revelou que uma liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi enviada ao Rio de Janeiro em 2022 com o objetivo de aprender a estabelecer uma milícia em Guarujá. O grupo criminoso está ligado a pelo menos quatro assassinatos de policiais ocorridos no município no ano passado. Para expandir sua influência, a facção utilizava ameaças e ataques a estabelecimentos comerciais, obrigando os empresários a pagarem por serviços de segurança. O chefe da organização, Cristiano Lopes Costa, conhecido como Meia Folha, foi morto em um ataque em março. Após sua morte, a facção começou a utilizar vigilantes contratados para monopolizar a segurança dos comércios na região. Essa mudança de estratégia resultou em uma série de homicídios direcionados a policiais e agentes de segurança que já atuavam na área, intensificando a violência.
Na última terça-feira, uma operação conjunta foi realizada pela Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público com o intuito de desmantelar as ramificações da milícia. Foram expedidos 26 mandados de busca e apreensão em diversas cidades da Baixada Santista. As investigações sobre as mortes de policiais indicam a participação de milícias, além de levantar suspeitas sobre um possível acordo entre políticos e a facção para controlar a violência na região. Um dos indivíduos envolvidos nas atividades criminosas é proprietário de uma empresa de limpeza que ganhou uma licitação da prefeitura de Guarujá, levantando suspeitas de fraude. Essa empresa recebeu um contrato no valor de R$ 26,9 milhões, o que agrava ainda mais as investigações sobre a relação entre o crime organizado e a administração pública local.
Publicado por Sarah Américo
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More