Troca de ameaças marca reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre ataques no Oriente Médio

Troca de ameaças marca reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre ataques no Oriente Médio

A convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir o conflito no Oriente Médio, marcada para esta quarta-feira, 2 de outubro, trouxe à tona um clima de tensão entre as nações envolvidas. As trocas de ameaças entre os países participantes, especialmente entre os Estados Unidos e seus aliados, como Israel, indicam que a possibilidade de um acordo consensual é bastante remota. Os encontros foram motivados por um recente bombardeio realizado pelo Irã contra Israel, que ocorreu em resposta a ataques israelenses direcionados ao Hezbollah no Líbano.

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A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, enfatizou que o Irã deve ser responsabilizado por suas ações e que o Conselho de Segurança deve impor sanções severas a Teerã. O embaixador de Israel, Danny Danon, também reforçou a posição de que Israel se defenderá e que as consequências para o Irã serão rigorosas. Em contrapartida, o representante iraniano, Amir Saied Iravani, defendeu o bombardeio como uma ação necessária para “restaurar o equilíbrio” na região, afirmando que o Irã está pronto para adotar medidas defensivas adicionais, caso necessário.

Enquanto os Estados Unidos mantêm seu apoio a Israel, a Rússia adotou uma postura diferente, elogiando a contenção do Irã e argumentando que o ataque não pode ser analisado de forma isolada, sem levar em conta o contexto mais amplo que envolve o Líbano, Gaza, Síria e Iémen.

As ameaças mútuas entre os países participantes da reunião ressaltam os desafios enfrentados pela ONU na busca por soluções pacíficas. Em paralelo, o G7, que também se reuniu na mesma data, declarou que um conflito regional não é do interesse de nenhuma das partes e que ainda há espaço para uma solução diplomática, embora a postura dos EUA no Conselho de Segurança tenha se tornado menos conciliadora.

O Conselho de Segurança possui a autoridade para determinar tréguas e enviar forças de manutenção da paz, mas a divisão entre os membros permanentes, que se encontram em lados opostos na disputa pela hegemonia global, torna a obtenção de um consenso uma tarefa extremamente difícil.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias

Fonte: Jovem Pan Read More