Mãe de Marielle Franco clama por justiça em depoimento emotivo ao falar do assasinato da filha
Marinete da Silva, mãe da vereadora Marielle Franco, prestou depoimento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde compartilhou a dor que sentiu após o assassinato da filha. Durante sua fala, ela se referiu aos réus, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, como “covardes”. Marinete destacou a trajetória de Marielle, que começou a trabalhar aos 11 anos para ajudar a sustentar a família, ressaltando a importância de sua história.”Marielle muito nova já sentia muita vontade de ser aquela menina que ia se destacar. Mesmo pequena, ela não queria ser aluna ou a menina que tomasse como uma outra qualquer. Queria ser a professora, a mãe.”
A mãe de Marielle expressou a saudade que sente da filha e fez um apelo por justiça, não apenas para Marielle, mas também para Anderson, o motorista que também foi assassinado. “Falar o quanto a minha filha faz falta… o que fez falta nesses seis anos e sete meses… Não tem como definir a minha dor. Não tem como definir o que passei esses anos. Passei por um câncer, tive quatro cirurgias e estou aqui hoje para dizer o quanto é importante dentro da minha vida e da minha família dizer que a Marielle fez falta como mãe. […] A minha dor não tem nome. Não tem como alguém mensurar o que é isso. Estou aqui para pedir justiça para Marielle e Anderson.”
O julgamento teve início às 10h30 e está previsto para se prolongar até amanhã (31), com a oitiva de diversas testemunhas ao longo do processo. O Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou que solicitará a pena máxima de 84 anos para os réus, que já confessaram a autoria do crime. Marinete enfatizou a relevância de compartilhar a vida de sua filha, que se tornou um ícone global na luta por justiça e direitos humanos.”Eu não podia deixar de estar aqui. Não. Porque as pessoas não sabem. Sabem da Marielle como símbolo, sabem da Marielle como parlamentar, sabe como a guerreira que ela era. Mas não sabem que foi e quem era a família da Marielle”, disse ela.
Além de Lessa e Queiroz, os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, o delagado da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa também são reús no caso, no STF, sendo acusados de terem planejado o assassinato, e foram apontados como os mandantes por Lessa. Todos negam o crime.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Jovem Pan Read More