Ex-ministro chama Bolsonaro de ‘ingrato’ por viagem aos Estados Unidos após as eleições de 2022
O ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, figura entre os 37 indiciados por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado. Recentemente, ele expressou sua insatisfação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que não respondeu a suas tentativas de contato após deixar o Brasil rumo à Flórida no final de 2022. Em mensagens trocadas com o tenente-coronel Mauro Cid, Nogueira revelou que, apesar de apoiar Bolsonaro, sentia-se negligenciado pela falta de comunicação. “Mando mensagem pro PR, mas ele não fala nada, apenas encaminha o de sempre. Chega a ser ingrato, mas tudo bem”.
Interceptações realizadas pela Polícia Federal mostraram que Nogueira buscou acalmar Cid, que estava apreensivo com a possibilidade de ser preso. O ex-ministro também tentou influenciar os líderes das Forças Armadas a se unirem ao plano que visava manter Bolsonaro no poder e barrar a posse de Lula. Contudo, a estratégia falhou, uma vez que os comandantes do Exército e da Aeronáutica rejeitaram a proposta.
Em depoimento à Polícia Federal, o brigadeiro Baptista Junior, que foi comandante da Aeronáutica, confirmou que Nogueira o convocou para uma reunião em dezembro de 2022. Durante esse encontro, Nogueira apresentou uma minuta que continha elementos golpistas. Baptista Junior questionou a proposta, que sugeria a não posse do novo presidente eleito, e deixou claro que a Aeronáutica não aceitaria qualquer tentativa de golpe.
A situação revela um cenário tenso entre os ex-integrantes do governo Bolsonaro e as Forças Armadas, que se mostraram firmes em sua posição de não apoiar ações que comprometessem a democracia.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Jovem Pan Read More