Policiais de SP manipulam gravações de câmeras corporais, segundo relatório da Defensoria Pública

Policiais de SP manipulam gravações de câmeras corporais, segundo relatório da Defensoria Pública

Durante uma operação de patrulhamento, a Defensoria Pública de São Paulo revelou que policiais militares estão manipulando as gravações das câmeras corporais para ocultar ações irregulares. O relatório, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), aponta que os agentes frequentemente desligam os dispositivos, afastam-se durante as abordagens ou obstruem as lentes, comprometendo a transparência das ações policiais.  Atualmente, as câmeras estão programadas para gravar continuamente, mas uma nova proposta do governo paulista sugere que a gravação seja feita de forma intencional ou acionada remotamente. O relatório da Defensoria faz parte de uma iniciativa para garantir que todos os policiais utilizem câmeras corporais durante as abordagens, mantendo o sistema de gravação automática.

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Entre junho e novembro, quase metade dos pedidos da Defensoria para acessar as imagens não recebeu resposta. Em uma análise de 100 ocorrências, constatou-se que em 36% delas o áudio não foi ativado, o que dificulta a defesa de indivíduos detidos em flagrante. Além disso, o estudo revelou que em 68% dos casos houve dificuldades para a gravação adequada. Em um incidente específico, um policial removeu a câmera corporal e a posicionou de maneira a impedir a gravação. O Ministério Público também levantou denúncias sobre mortes em confrontos na Baixada Santista, que indicam o uso inadequado das câmeras. Dois policiais da Rota foram acusados de homicídio qualificado, com alegações de que alteraram a cena do crime e obstruíram a gravação de uma câmera corporal.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias

Fonte: Jovem Pan Read More