O que muda com o decreto da atuação das forças policiais no Brasil? Ronaldo Caiado comenta

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), concedeu entrevista ao Jornal da Manhã nesta terça-feira (7) e analisou o que muda e o impacto do novo decreto que regulamenta a atuação das forças policiais no Brasil. Os governadores de oposição ao governo federal uniram-se em um pedido ao presidente para que revogue um decreto que regula o uso da força policial. Entre os líderes dessa iniciativa está Caiado, que se manifestou publicamente sobre o assunto.

Caiado argumenta que o decreto limita a atuação das forças policiais e não enfrenta de maneira eficaz o problema do crime organizado. Para ele, o decreto não apresenta inovações e sugere uma abordagem de chantagem federalista, ao vincular o acesso a fundos de segurança ao cumprimento de normas federais. O governador enfatizou a necessidade de um decreto mais abrangente e eficaz, que realmente apoie os estados no combate ao crime organizado.

Ele sugere que o governo federal deveria facilitar o acesso a informações financeiras e oferecer apoio na construção de penitenciárias. Além disso, Caiado criticou a atuação da Força Nacional, que, segundo ele, teve um impacto insignificante no Rio de Janeiro. Ele também questionou a capacidade do Ministério da Justiça de definir procedimentos operacionais para as polícias estaduais, defendendo a autonomia dos estados, conforme garantido pela Constituição de 1988, para desenvolver seus próprios planos de segurança.

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Durante a entrevista, Caiado também abordou sua condenação por abuso de poder político, afirmando que aguarda com tranquilidade o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás. Ele destacou sua trajetória política íntegra e mencionou casos de outros políticos que não foram penalizados em situações semelhantes. Caiado expressou confiança no sistema judicial e na sua capacidade de demonstrar sua inocência.

Por fim, Caiado ressaltou o sucesso do modelo de segurança pública implementado em Goiás, afirmando que os índices de criminalidade no estado são comparáveis aos da Europa. Ele sugeriu que essa metodologia poderia ser adotada em nível nacional, como uma forma de melhorar a segurança pública em todo o país. O governador acredita que a experiência de Goiás pode servir de exemplo para outras regiões, promovendo uma abordagem mais eficaz e autônoma no combate ao crime.