Moraes cobra esclarecimentos sobre suposta ida de Léo Índio à Argentina

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a defesa de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, preste esclarecimentos, em um prazo de 48 horas, sobre a informação de que ele teria deixado o Brasil rumo à Argentina. A decisão foi tomada após a divulgação de um vídeo no qual o primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro afirma estar no país vizinho há mais de 20 dias.

Léo Índio se tornou réu no STF por suposta participação nos atos de 8 de Janeiro. Ele responde pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa. Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), ele teria produzido e divulgado provas contra si em redes sociais, além de participar de grupos de WhatsApp com conteúdo considerado antidemocrático.

Apesar de não haver uma decisão judicial que impeça sua saída do país, Léo Índio tem medidas cautelares impostas pelo Supremo, incluindo o bloqueio de perfis em redes sociais e de contas bancárias. A defesa dele recorreu para evitar a abertura da ação penal, mas a Primeira Turma do STF formou maioria para manter o processo.

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Em um vídeo divulgado pela emissora Massa FM Cascavel (PR), Léo Índio disse que sua permanência na Argentina depende da renovação de sua permissão de estadia a cada três meses e manifestou receio de ser preso ao retornar ao Brasil. Ele também criticou partidos de direita, incluindo o PL, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), por não priorizarem a tramitação do projeto de lei que visa anistiar os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. A defesa de Léo Índio não quis comentar a suposta saída do réu do Brasil.